PT19130 – IMT – Aquisição de quotas 01-05-2017 A questão em apreço prende-se com o enquadramento em termos de IMT da operação de transformação de sociedade
unipessoal em sociedade por quotas. A sociedade unipessoal em causa
foi constituída no final de 2016 e procedeu à aquisição de terreno em zona
industrial para construção de pavilhão para engarrafamento e comercialização de
vinhos. Tendo o sócio único recebido proposta para a aquisição de quota de 90%
da sociedade e pela análise que realizei do artigo 2.º, n.º 2, alínea d), do
CIMT, a aquisição de quotas em sociedades em que algum dos sócios fique a
dispor de, pelo menos, 75% do capital social, é uma operação equiparada a
transmissão de imóvel. Pedia-se a confirmação desta situação e o esclarecimento
das seguintes questões: Parecer técnico 1 - De acordo com o disposto na alínea d) do n.º 2 do artigo 2.º do Código do IMT, está sujeita a imposto a aquisição de partes sociais ou de quotas nas sociedades em nome coletivo, em comandita simples ou por quotas, quando tais sociedades possuam bens imóveis, e quando por aquela aquisição, por amortização ou quaisquer outros factos, algum dos sócios fique a dispor de, pelo menos, 75% do capital social, ou o número de sócios se reduza a dois casados ou unidos de facto. Daí que, no caso em apreciação, se um terceiro adquirir uma quota de 90% da sociedade referida no pedido, será devido IMT, de acordo com aquela norma. O valor tributável sujeito a imposto, de acordo com a alínea a) da regra 19.ª do n.º 4 do artigo 12.º do mesmo diploma, será o valor patrimonial tributário dos imóveis correspondente à quota ou parte social maioritária, ou pelo valor total desses bens, consoante os casos, preferindo em ambas as situações o valor do balanço, se superior. Ou seja, no caso em apreciação, o valor tributável será 90% do VPT do terreno, ou, se superior, 90% do valor pelo qual do imóvel se encontra registado no balanço da sociedade. 2 - Se a operação for realizada depois de construído o pavilhão, aumentará o IMT a pagar, em resultado do aumento do VPT do imóvel e do aumento do seu valor no balanço da sociedade. 3 - Se a atual quota da sociedade for dividida pelo atual sócio e pelos seus filhos, de forma a que nenhum dos filhos fique a deter 75% ou mais do capital social, não será devido IMT pela operação. Mas, se o que se pretende é, depois de dividida a quota pelo atual sócio e pelos filhos, alienar 90% do capital social ao terceiro referido no pedido, será devido IMT nas mesmas condições referidas no n.º 1 desta informação, não sendo relevante o facto de cada alienante transmitir menos de 75% do capital. |